A língua portuguesa pertence ao grupo das línguas românicas, ou neolatinas, e teve sua origem no latim falado, levado para a Península Ibérica por volta do século II a.C., como conseqüência das conquistas políticas do Império Romano. Originado no Lácio, na Itália Antiga, o latim expandiu-se por quase todo o mundo conhecido devido a organização, domínio bélico e político-cultural de Roma (mapa do Império Romano no século II).
Sob o ponto de vista dos acontecimentos sociais e sua repercussão, da expansão territorial e do contato com outras línguas, a história das línguas românicas é constituída por dois momentos fundamentais: a romanização, em que as forças de unificação predominam sobre as de dispersão e a fragmentação, em que se observa o predomínio da diversificação sobre a concentração. Esses dois movimentos representam forças distintas que atuam no processo de variação e mudança lingüística: uma força de conservação, da unificação (normalmente exercida pelas instituições e mecanismos sociais de poder) e uma força de inovação, de diversificação (impulsionada pelas mudanças culturais, pelo uso cotidiano e pela interação com outras culturas). Na origem do português, a romanização é conseqüência da força política de Roma no processo de expansão do seu Império, e a fragmentação se realiza no fracionamento da România, como decorrência das invasões dos bárbaros, do seccionamento das províncias e da perda progressiva do poder romano.
Um comentário:
Adorei o seu blog por trazer muitas informações interessantes. Porém, acredito que deva fazer uma correção sobre o número de pessoas que usam a língua portuguesa. O texto fala em 180 milhões, porém só Brasil e Portugal, juntos, ultrapassam os 200 milhões.
Não é uma crítica, apenas uma contribuição.
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